Será que é boa ideia dormir com os patudos? Fique com os prós e contras
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Será que é boa ideia dormir com os patudos? Fique a conhecer os prós e contras deste hábito

Pode ajudar a criar laços, mas pode ser desaconselhado se sofrer de alergias.


Dormir com o cão ou o gato na cama é um daqueles temas que gera discussões acesas entre tutores de animais. Uns não dispensam o ronronar ao lado da almofada ou o focinho enfiado no edredão. Outros torcem o nariz à ideia de partilhar o colchão com pelos, patas e possíveis alergias. Afinal, até que ponto é uma boa ideia deixar o nosso animal de estimação dormir connosco? 

Os prós

Conforto emocional e menos ansiedade

Muita gente sente-se mais calma e segura com o cão ou o gato por perto. O simples facto de ouvir a respiração ou o ronronar pode reduzir a ansiedade, diminuir a sensação de solidão e ajudar a adormecer mais rápido. Para crianças com medo do escuro, pessoas que vivem sozinhas ou que passam por fases mais difíceis, o animal pode ser uma verdadeira “manta emocional”.

Vínculo mais forte

Dormir com o seu patudo aumenta a sensação de “família”. O animal sente-se incluído no grupo, e muitas vezes torna-se mais confiante, fica mais ligado ao tutor e pode reduzir comportamentos ansiosos, como por exemplo, choramingar à noite.

Rotina e previsibilidade

Animais que dormem no quarto costumam alinhar melhor o horário de descanso com o tutor. Isso pode facilitar a rotina, especialmente para cães, e evitar latidos noturnos por se sentirem isolados noutro compartimento da casa.

Os contras

Higiene e alergias

Mesmo o animal mais bem cuidado traz pó, pólen, terra nas patas, eventualmente parasitas externos (pulgas, carraças), se sai à rua, pelos e caspa, que agravam alergias e asma. Se tem alergias, rinite, asma ou sistema imunitário fragilizado, dormir com o animal pode piorar sintomas, causar noites mal dormidas e crises respiratórias. Nestes casos, muitas vezes recomenda-se que o quarto seja uma zona "pet free".

Qualidade do sono

Nem toda a gente dorme bem com um animal na cama. Eles mexem-se, mudam de posição, saltam para cima e para baixo, alguns ressonam, ronronam alto ou levantam-se várias vezes. Podem acordá-lo cedo para pedir comida ou atenção. Se já tem insónias, sono leve ou tem de acordar cedo para trabalhar, qualquer perturbação extra pode ter impacto real no seu bem-estar.

Questões de comportamento

Alguns animais podem tornar-se extremamente possessivos em relação ao tutor, não tolerar a presença de outros animais ou pessoas na cama, e até reagir com rosnados ou arranhões se forem surpreendidos enquanto dormem. Em casas com crianças pequenas, isto pode ser um risco se o animal não tiver um temperamento previsível ou se não estiver bem socializado.

Na verdade, não existe uma resposta universal à pergunta “devemos ou não dormir com os nossos animais de estimação?”. O que existe são contextos diferentes, pessoas com necessidades de saúde e de sono distintas e animais com personalidades muito próprias.

Se a partilha da cama não compromete a sua saúde nem o seu descanso, e o seu patudo está saudável e bem-comportado, não há mal nenhum em deixá-lo enroscar-se ao seu lado. Mas, se começa a pesar na qualidade do sono, nas alergias ou na dinâmica familiar, pôr limites também é um ato de cuidado. Mais importante do que onde o animal dorme é garantir que todos, humanos e não humanos, descansam bem e vivem em equilíbrio.