A Câmara Municipal de Lisboa está a alertar tutores de cães e gatos para uma fraude dirigida a quem procura animais desaparecidos. Nas últimas semanas, vários donos que divulgaram o desaparecimento dos seus animais em redes sociais e plataformas online têm sido contactados por indivíduos que se fazem passar por profissionais da Casa dos Animais de Lisboa (CAL).
O esquema é sempre parecido: os burlões ligam a dizer que o animal foi encontrado e que já foi submetido a tratamentos ou cirurgias, ficando disponível para devolução… mas só após o pagamento de um valor por MBWay ou referência multibanco. A autarquia esclarece que isto é falso e que a CAL não pede pagamentos à distância para entregar um animal ao tutor.
De acordo com o município, quando um animal dá entrada na Casa dos Animais com microchip, o tutor é contactado diretamente pela CAL. Se houver algum valor a pagar, como taxas de recolha ou permanência, esse pagamento é feito apenas no momento da devolução, presencialmente, de acordo com a tabela de preços municipal em vigor.
A Câmara de Lisboa revela que esta prática já causou prejuízos a diversos cidadãos e está a criar confusão sobre o funcionamento da própria instituição. Por isso, a autarquia avisa: quem receber contactos suspeitos não deve efetuar qualquer pagamento e deve reportar de imediato a tentativa de burla à Polícia de Segurança Pública (PSP).
Também a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) emitiu recentemente um alerta semelhante a nível nacional, depois de detentores de animais desaparecidos terem recebido chamadas de alguém que se apresentava como médico veterinário a exigir dinheiro urgente para alegados tratamentos. A OMV recomenda que, em caso de dúvida, se confirme sempre a identidade do profissional e da clínica através dos contactos oficiais da Ordem antes de qualquer pagamento.
Perante o stress de perder um animal, é fácil agarrar-se a qualquer esperança de o ter de volta, mas é importante manter-se atento. Desconfie de pedidos de dinheiro por telefone, confirme sempre com a Casa dos Animais de Lisboa ou com o seu veterinário habitual, e denuncie às forças de segurança. O objetivo da burla é aproveitar a fragilidade emocional dos tutores e o da autarquia é garantir que ninguém cai neste esquema à custa do amor pelo seu animal.