Nuno Markl com a cadela, Chiclete
Pets

A visita mais aguardada: a cadela Chiclete pode ou não ir visitar Nuno Markl ao hospital? As regras que se impõem para que o animal possa ver o dono internado

A fotografia de Nuno Markl com a cadela Chiclete, partilhada pouco antes do AVC, emocionou o País. A partir daí, a questão tornou-se inevitável: será que a fiel companheira já foi ao hospital?


Desde que se soube que Nuno Markl sofreu um AVC e está internado no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, uma pergunta repete-se nas redes sociais: "Então e a Chiclete, já o foi visitá-lo?". A cadela, que poucas horas antes do episódio circulava em cima do dono, soterrando-o de mimo numa fotografia partilhada no Instagram, tornou-se quase tão protagonista da história como o próprio humorista.    

A visita ainda não aconteceu, mas a verdade é que Chiclete já não é apenas a cadela do Nuno Markl. Tornou-se a protagonista de uma das imagens mais partilhadas desde o AVC do humorista, deitada em cima do dono num dia em que não o largava por nada. À medida que a recuperação avança, cresce também a curiosidade sobre uma possível visita da cadela ao hospital. Mas será isso possível, e em que condições?

Em Portugal, não existe ainda uma lei nacional específica dedicada às visitas de animais de companhia a hospitais humanos, mas há programas locais de humanização de cuidados, lançados por alguns hospitais públicos e privados. 

O Hospital de São Francisco Xavier, por exemplo, integra a Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental (ULSLO), que desde o final de 2024 implementou um procedimento específico para visita de animais de companhia a utentes com internamento prolongado, no âmbito do Núcleo de Humanização. Mais recentemente, foi notícia que, dentro desta mesma ULSLO, o Hospital Egas Moniz já recebe cães e gatos de doentes internados, em visitas organizadas e com resultados descritos como excelentes. 

Os programas já conhecidos em Portugal, que nos ajudam a perceber o enquadramento do caso, seguem regras apertadas.  O animal tem de estar clinicamente saudável, vacinado e desparasitado e é feita uma avaliação prévia por uma equipa veterinária e pela equipa de controlo de infeções do hospital. As visitas são curtas, agendadas e realizadas, sempre que possível, em espaços exteriores ou zonas definidas, ficando excluídas áreas críticas, como unidades de cuidados intensivos, blocos operatórios ou oncologia com doentes imunodeprimidos.