À medida que envelhecem, cães e gatos começam a sentir o inverno de forma diferente. O frio e a humidade não ajudam as articulações já gastas e muitos tutores notam logo a diferença. Os patudos levantam-se com mais dificuldade, evitam escadas, deixam de saltar para o sofá ou para a cama e parecem "enferrujados" quando acordam.
Tal como acontece connosco, as dores articulares tendem a piorar com o frio, por isso os animais séniores precisam de alguns cuidados extra nesta altura do ano. Um dos pontos mais importantes é garantir conforto térmico.
Animais mais velhos já não regulam a temperatura tão bem, e dormir no chão frio pode ser um tormento para quem tem artroses. Camas macias, afastadas de correntes de ar, com mantas e, se fizer sentido, mantas térmicas próprias para animais podem fazer uma grande diferença.
Já em casas com chão escorregadio, vale a pena colocar tapetes antiderrapantes nas zonas onde o cão ou gato mais circulam, para evitar escorregadelas que agravam dores ou causam lesões.
A mobilidade também precisa de ser adaptada ao escalão sénior. Em vez de obrigar o animal a continuar a subir sofás altos, camas ou escadas difíceis, podemos facilitar a vida com rampas, degraus próprios ou, simplesmente, baixando o nível de onde dorme e passa mais tempo.
Os passeios devem manter-se, mesmo no inverno, mas ajustados. Mais curtos e frequentes, evitando as horas de frio extremo, permitindo aquecer os músculos sem exigir esforços exagerados. Já em gatos, é útil criar percursos com plataformas e prateleiras mais baixas, para que possam continuar a explorar sem ter de fazer saltos olímpicos.
Com pequenas mudanças em casa, rotinas adaptadas e acompanhamento veterinário, é possível ajudar o seu melhor amigo a atravessar a estação fria com muito menos dores.
