O outono traz dias mais frescos, humidade e muitos passeios por parques e trilhos com folhas no chão. O cenário perfeito, incluindo para os parasitas. Saiba quais os parasitas mais comuns durante esta época do ano e a que deve estar atento.
Carraças
Adoram humidade suave e ervas altas. Fixam-se na pele para se alimentar e podem transmitir agentes como Ehrlichia e Babesia. Causam nódulos duros onde se agarram, comichão, febre, apatia e mucosas pálidas.
Pulgas
O “verão das pulgas” estica até ao outono graças às casas quentinhas. Além de comichão e alergias, transmitem ténia e podem provocar anemia em animais pequenos. O ciclo rápido e ovos no ambiente, ajudam a causar reinfestações.
Mosquitos
Ainda ativos em muitas zonas nesta época do ano, os mosquitos podem transmitir dirofilariose (o verme do coração) em cães e, mais raramente, em gatos. Já os flebótomos são os vetores da leishmaniose canina. O pico de mosquitos costuma ocorrer ao entardecer e noite, sobretudo em áreas rurais e periurbanas, por isso evite passeios nestes períodos.
Ácaros de outono (larvas de colheita)
São minúsculos pontos alaranjados que gostam de se alojar entre os dedos, nas orelhas e na barriga. Provocam comichão intensa e placas avermelhadas após passeios em prados e mato, por isso deve secar bem o seu patudo após os passeios.
Ácaros de ouvido (Otodectes)
Mais comuns em gatos, especialmente jovens ou recém-resgatados, estes parasitas provocam otite pruriginosa com cerúmen escuro semelhante a borras de café.
Vermes intestinais (lombrigas, ancilóstomos, ténias)
O hábito de cheirar e lamber o chão húmido, caçar pequenos roedores e insetos e beber de poças ajuda à exposição destes parasitas. Os principais a que deve estar atento são perda de peso, barriga inchada, fezes moles e comichão na região anal (o clássico movimento de arrastar nos tapetes).
Verme do pulmão e “verme francês”
Em ascensão em várias regiões húmidas, pode infetar cães ao ingerir lesmas e caracóis, ou brinquedos e relva contaminados pela sua baba. Pode causar tosse, cansaço, alterações de coagulação e, em casos graves, hemorragias.
Caso detete algum dos sinais associados a estes parasitas, não hesite em marcar uma consulta no veterinário. E, claro, não se esqueça de manter sempre a desparasitação em dia.
