Cães braquicefálicos exigem cuidados especiais devido a problemas respiratórios
Saúde
Narizes fofos, mas exigentes. Que cuidados deve ter com cães braquicefálicos? Não se preocupe, nós explicamos-lhe tudo
Pugs e bulldogs podem ser adoráveis, mas a sua respiração nem sempre é tão simples quanto parece.
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Quem resiste a um pug de focinho achatado ou a um bulldog com aquele ar curioso? As chamadas raças braquicefálicas conquistam corações em todo o lado, mas escondem um detalhe importante: a sua anatomia torna-os mais propensos a problemas respiratórios. Por isso, quem partilha a vida com um destes patudos deve estar preparado para alguns cuidados extra.
Os cães braquicefálicos têm um crânio mais curto e o focinho achatado. Isso significa narinas estreitas, palato mole alongado e, muitas vezes, uma traqueia mais estreita. O resultado? O ar tem de “forçar a passagem”, e até um simples passeio pode transformar-se numa autêntica maratona para estes cães.
É comum ouvirmos roncos, ressonar ou até ver episódios de respiração ofegante, e acharmos engraçado. Mas na verdade é um sinal que o cão está em esforço.
Um pug preto espreita debaixo de um cobertor com ar curioso.
Bulldog francês a passear na rua
Mulher a abraçar dois bulldogs ingleses
Muitos cães braquicefálicos beneficiam de avaliações regulares e, em alguns casos, de cirurgias corretivas para melhorar a passagem de ar, como o alargamento das narinas ou o encurtamento do palato mole. Estas intervenções podem fazer toda a diferença na qualidade de vida, mas devem ser sempre recomendadas pelo seu veterinário.
Então, que cuidados pode ter no dia-a-dia para ajudar o seu cão? Evite passeios longos e cansativos, sobretudo em dias quentes, garanta o acesso a locais frescos e ventilados, opte pelo arnês em vez da coleira para não fazer esforço na traqueia, garanta uma dieta equilibrada para evitar o excesso de peso e, claro, fique atento a sintomas como desmaios, gengivas azuladas ou respiração muito ruidosa.
Ter um pug, bulldog ou outra raça braquicefálica é assumir um compromisso com cuidados especiais. Eles são carinhosos, divertidos e enchem a casa de alegria, mas também precisam de tutores atentos e conscientes dos desafios que enfrentam.