Quem nunca teve de lidar com um patudo a sofrer de dores de barriga? Uma mudança de ração, um petisco “proibido”, bolas de pelo, parasitas ou stress podem causar desconforto no seu melhor amigo, mas nem sempre são situações graves. O importante é saber quando dá para gerir em casa e quando é preciso ir imediatamente ao veterinário.
No caso de um ou dois vómitos, fezes moles sem sangue, algum barulho intestinal e ligeira quebra de apetite com vontade de beber água basta manter a vigilância em casa. Mas se falarmos de vómitos repetidos ou “em jato”, sangue nas fezes ou no vómito, apatia, febre, dor intensa (rosnar ou miar ao toque), barriga muito inchada com tentativas de vomitar sem sair nada, esforço para urinar ou defecar sem resultado, pode ser necessária atenção veterinária imediata.
Para casos ligeiros, faça uma pausa alimentar curta e segura, em cães adultos, 6 a12 horas e nos gatos, 4 a 6 horas. A água fresca deve estar sempre disponível, oferecida em pequenas quantidades. Passado o descanso, avance para uma dieta branda ou ração gastrointestinal. No caso dos gatos, opte por comida húmida gastrointestinal. Um probiótico veterinário misturado com a água ou comida, também ajuda a repor a flora intestinal.
Nunca deve dar medicamentos humanos, como ibuprofeno, paracetamol, loperamida e “antiácidos”, pois podem ser tóxicos e mascarar sinais críticos. Em raças com potencial mutação MDR1, como Collie, Sheltie, Pastor Australiano, entre outras, certos fármacos são particularmente perigosos. Se os sintomas não melhorarem em 48 horas, se regressarem quando tenta reintroduzir comida, se o animal for muito jovem ou sénior, tiver uma doença conhecida, ou se os episódios forem recorrentes, fale com o seu veterinário.