Cães pequenos, grandes desafios. 6 problemas de saúde a ter em conta
Saúde

Cães pequenos, grandes desafios. 6 problemas de saúde a ter em conta nos patudos de porte pequeno

Problemas dentários, articulações frágeis e doenças cardíacas exigem a atenção extra dos tutores.


Cães pequenos cabem em qualquer casa, vão bem em apartamento, são fáceis de pegar ao colo e costumam arrancar suspiros por onde passam. Mas por trás do tamanho mini há um conjunto de desafios de saúde muito próprios que muitas vezes passam despercebidos. Neste artigo, reunimos 6 grandes desafios de saúde dos cães de porte pequeno e o que pode fazer para mantê-los felizes, ativos e saudáveis durante muitos anos.

Problemas dentários

Bocas pequenas significam dentes muito juntos e isso faz com que o tártaro se acumule rapidamente na boca do patudo, levando a vários problemas como mau hálito, gengivite, dor, perda de dentes até doenças no coração e rins. Como pode prevenir? Escove regularmente os dentes do seu cão com escova e pasta próprias, ofereça snacks e ração dentária e, se ficar muito grave, marque uma limpeza oral no veterinário.

Articulações frágeis (rótulas e artroses)

 A luxação da patela (ou rótula) é muito comum em cães pequenos: de repente levantam uma patinha, dão uns "saltinhos" e voltam a andar normalmente. Parece inofensivo e até cómico, mas na verdade pode causar dor crónica e, em casos mais graves, levar à necessidade de cirurgia. Por serem mais frágeis, o ideal é manter o peso com uma dieta equilibrada, evitar saltos para o sofá ou cama e instalar rampas e escadinhas pela casa, para evitar o esforço. 

Respiração e Coração, sobretudo em raças braquicefálicas

Os patudos de raças de focinho achatado, como Pug, Bulldog Francês, Pequinês e Boston Terrier têm mais dificuldade em respirar e sofrem com o calor e esforço. E muitos, também têm tendência a desenvolver doenças cardíacas, por isso é tão importante controlar o peso e evitar a exposição ao calor. Os principais sinais de que algo não está bem e é necessário marcar uma consulta são tosse, cansaço fácil, ressonar e respiração com esforço, por isso fique atento. 

Hipoglicemia e fragilidade física

Cães muito pequenos, como Chihuahuas, podem ter níveis baixos de açúcar se ficarem muitas horas sem comer, o que se traduz em fraqueza, tremores e até convulsões. Junta-se a isto o risco de quedas e fraturas por serem tão leves e delicados. Para contrariar esta tendência, ofereça refeições frequentes, ter cuidado ao pegar ao colo e evitar que saltem constantemente. 

Obesidade

O clássico "É só um biscoitinho" pesa muito mais num cão de 4 kg do que num de 30 kg. Lembre-se que o excesso de peso aumenta o risco de problemas nas articulações, coração, respiração e diabetes, por isso evite dar petiscos em demasia, aposte numa ração adequada com baixo teor de gordura e faça passeios diários e brincadeiras com o seu melhor amigo. 

Envelhecimento e doenças crónicas

Por norma, os cães de porte pequeno vivem mais anos, portanto é mais provável surgirem problemas característicos de idade avançada, como doença cardíaca, doença renal, artroses, problemas de visão e demência canina. Não descure os check-ups anuais ou semestrais no caso de cães séniores, controlo de dor e adaptação da rotina, com passeios mais curtos, piso menos escorregadio e uma cama confortável. 

No final do dia, o tamanho pode ser pequeno, mas a responsabilidade é grande e o amor também. Quanto melhor conhecer as necessidades específicas do seu cão, mais fácil será garantir-lhe uma vida longa, confortável e cheia de energia.