Esqueça a imagem tradicional do cão na casota no quintal. O mercado global de produtos e serviços para animais de estimação já movimenta cerca de 259 mil milhões de dólares e a previsão aponta para alcançar 427 mil milhões até 2032, de acordo com dados da revista Invoga. A verdade é que, cada vez mais, cães e gatos assumem o estatuto de membros da família e, com isso, as despesas deixam de se limitar ao básico para se transformarem em experiências premium.
Se há alguns anos as opções se resumiam a rações e brinquedos, hoje o leque de escolhas inclui verdadeiros luxos. Das coleiras Gucci e Louis Vuitton a hotéis exclusivos como o The Ings Luxury Cat Hotel, o mercado abre portas a um estilo de vida sofisticado também para os animais. Spas com cromoterapia, musicoterapia e acupuntura para dores crónicas já não são uma excentricidade, mas sim uma realidade acessível a quem deseja proporcionar ao seu pet o mesmo padrão de bem-estar que procura para si próprio.
Para as empresas e empreendedores do setor, o desafio passa por inovar, mas sem cair no exagero. A chave pode estar em encontrar o equilíbrio entre exclusividade e autenticidade, mantendo o bem-estar real dos animais no centro de todas as propostas. Mais do que moda ou estatuto social, trata-se de responder a uma nova forma de relação entre pessoas e animais, onde o cuidado vai além do básico e se transforma num gesto de amor, responsabilidade e partilha de experiências. Afinal se é bom para si, porque não há-de ser bom para o seu patudo?
E desse lado, já tinha noção de que o universo dos animais de estimação estava a transformar-se num verdadeiro império de luxo?