Quem é a cadela Chiclete que parece ter pressentido o AVC do dono, Nuno Markl? | Créditos: Instagram @nunomarkl
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Quem é a cadela Chiclete que parece ter pressentido o AVC do dono, Nuno Markl?

Horas antes de sofrer um Acidente Vascular Cerebral, Nuno Markl publicou uma fotografia em que surgia no sofá, com a sua cadela Chiclete.


Horas antes de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Nuno Markl partilhou nas redes sociais uma fotografia em que aparecia com a sua cadela Chiclete, deitada no seu peito e que não saía de perto do tutor. E depois de se saber do internamento do humorista, muitos seguidores olharam para essas imagens como um sinal de que o animal teria pressentido o que estava prestes a acontecer.

Na publicação feita no Instagram, no próprio dia em que acabaria por ser internado, o autor d' "O Homem que Mordeu o Cão" escreveu: "Acho que a Chiclete percebeu que hoje não há gravação de Taskmaster e agora estou soterrado por uma cadela que não consente que eu me mova um milímetro daqui para fora.". Na imagem, vê-se a cadela deitada em cima do dono, colada ao peito, num gesto de aparente proteção. 

Mais tarde, a notícia de que Nuno Markl, de 54 anos, tinha dado entrada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, com um AVC, deu um novo significado àquela cena doméstica. Vários fãs apressaram-se a comentar a situação e mostraram que não têm dúvidas: "Ela sentiu", "Ela já devia estar a sentir que algo ia acontecer", pode ler-se nas caixas de comentários.

Chiclete entrou na vida de Nuno Markl em 2020, ainda bebé, adotada através do Grupo de Amigos dos Animais de Felgueiras. Na altura, veio ajudar o locutor da Rádio Comercial e a cadela Flor a superar a morte de Uva, outra cadela da família, que não resistiu a um grave problema pulmonar. E de pequeno tufo de pelo passou rapidamente a vedeta lá de casa e das redes sociais.

Os cães podem mesmo sentir um AVC?

Os estudos científicos mostram que não há provas sólidas de que os cães consigam prever um AVC antes de ele acontecer, como se tivessem um "sexto sentido". O que se sabe é que eles têm um olfato e uma sensibilidade muito apurados e são capazes de notar alterações mínimas no cheiro corporal, na forma de andar, falar ou respirar do tutor. Em várias doenças (como diabetes ou epilepsia) há cães treinados para detetar crises porque reconhecem essas mudanças subtis; no caso do AVC, o conhecimento científico ainda é limitado e não permite dizer com certeza que eles o consigam antecipar.

O mais provável, nos relatos em que um cão parece "pressentir" um AVC, é que o animal esteja a reagir a sinais precoces de mal-estar, como tonturas, desequilíbrio, confusão, postura diferente ou respiração alterada, antes de a própria pessoa lhes dar importância. Como os cães são extremamente atentos às rotinas e ao estado emocional dos donos, qualquer diferença pode levá-los a ficar mais colados, inquietos ou protetores.