Os gatos são mestres na comunicação e o miado é a forma mais direta de “falar” connosco. Mas quando os miados se tornam constantes ou intensos, podem preocupar (e até cansar) os tutores. Afinal, porque é que os gatos miam tanto? E o que podemos fazer?
Em primeiro lugar, convém perceber porque é que os gatos miam tanto. Muitas vezes é apenas uma forma de chamar à atenção. Querem brincar, mimos ou simplesmente interagir consigo. Também pode estar relacionado com a comida, pois os gatos são excelentes a associar rotinas e rapidamente aprendem que se miam junto à tigela conseguem acelerar o jantar.
Se não forem esterilizados, tanto os machos como as fêmeas podem vocalizar de forma intensa durante o cio, e nesse caso o comportamento faz parte da sua biologia. Outras vezes, o excesso de miados é sinal de stress, provocado por mudanças em casa, obras, a chegada de outro animal ou até a ausência prolongada do tutor, que podem deixar o seu felino inseguro.
No caso de gatos mais velhos, é importante não esquecer que doenças como o hipertiroidismo, dor crónica ou alterações neurológicas podem estar por trás deste comportamento. Em alguns seniores, a chamada disfunção cognitiva, algo semelhante à demência em humanos, pode provocar miados frequentes, sobretudo à noite.
Como pode contrariar isto? Mantenha um ambiente enriquecido para o seu gato com arranhadores, prateleiras para subir, brinquedos interativos e janelas seguras para observar o exterior. Criar uma rotina previsível e evitar responder a "caprichos" é outra das soluções que pode adotar: se der colo ou petiscos ao gato sempre que ele miar, ele vai perceber que é este o truque para conseguir o que quer. Se os miados forem muito intensos e notar outros sintomas, o melhor será consultar o veterinário.
No fundo, os miados são a linguagem do gato, e não devem ser ignorados sem antes tentar perceber a causa. Observar o contexto, ouvir o que o gato tem para “dizer” e dar-lhe as condições certas é a melhor forma de devolver a paz à casa, a ele e a si.