Louis Vuitton, DOGUE e adidas: 2025 foi o ano em que as marcas se renderam aos patudos
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Louis Vuitton, DOGUE e Adidas: 2025 foi o ano em que as marcas se renderam aos patudos

Este ano, os cães entraram no centro da estratégia de várias marcas, da moda ao desporto.


Em 2025, os cães deixaram de ser apenas o elemento fofo para passarem a ocupar o lugar principal em campanhas, do luxo ao desporto, das ativações de marca aos media. Há marcas a vestir os animais, outras a recrutar embaixadores de quatro patas e até revistas emblemáticas como a Vogue que criou uma versão dedicada aos nossos amigos de quatro patas.

Na campanha de primavera/verão 2026 da Louis Vuitton, por exemplo, os protagonistas não foram apenas o ator Callum Turner e o futebolista Jude Bellingham, mas também uma série de cães que roubaram as cenas e os corações dos amantes da marca. Já a Dolce & Gabbana levou o conceito de cão mimado a outro nível, com Fefé, um perfume sem álcool para cães, inspirado no poodle de Domenico Dolce.

Também em 2025, a Adidas Originals apresentou uma 'Pet Collection' Outono/Inverno 2025, com peças como coletes, corta-ventos e fatos de treino adaptados a cães (e, em alguns mercados, também a gatos), alinhados com o ADN clássico da marca. A cobertura internacional sublinhou ainda que a disponibilidade foi limitada a mercados específicos, como a China, o que ajudou a alimentar desejo e conversa nas redes sociais.

A própria Vogue entrou neste mercado ao lançar uma competição para escolher a próxima estrela de capa digital da DOGUE, tendo recebido dezenas de milhares de participações. 

Como é que os protagonistas caninos ajudam as marcas?

Na moda, desporto e luxo, os cães funcionam como um "atalho" emocional. Geram empatia imediata, humanizam marcas que muitas vezes comunicam de forma aspiracional (e por vezes distante) e tornam a mensagem mais memorável. Um cão em protagonista não é só um elemento fofo, é uma narrativa sobre vínculo, cuidado, estilo de vida e identidade.

Além disso, são altamente partilháveis: a presença de cães tende a reduzir a resistência do público à publicidade, aumenta a probabilidade de parar no scroll e transforma a campanha num objeto cultural, com partilhas e replicações, sem "esforço" adicional das marcas.

Ao mesmo tempo, a aposta traz responsabilidade. Quando o cão é a estrela, o público espera autenticidade e cuidado, bem-estar, condições de produção e ausência de exploração, porque a confiança que um cão empresta à marca pode voltar-se rapidamente contra ela se a execução parecer oportunista.