Herói de quatro patas! Cão evita que dono morra em incêndio em Hong Kong
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Herói de quatro patas! Cão evita que dono morra no trágico incêndio em Hong Kong

Um reformado escapou por pouco ao incêndio que devastou o complexo Wang Fuk Court graças ao seu cão, que insistiu em ir à rua.


Um simples pedido para ir passear acabou por salvar uma vida no pior incêndio das últimas décadas em Hong Kong. Um idoso que vivia no complexo residencial Wang Fuk Court, em Tai Po, escapou por minutos à tragédia porque o seu cão insistiu em sair à rua precisamente antes de o fogo deflagrar e transformar vários blocos num inferno de chamas. O fogo, que começou na tarde de 26 de novembro, já fez dezenas de mortos e deixou centenas de pessoas feridas ou desaparecidas. 

O homem, identificado como Tsang, reformado na casa dos 70 anos, vive com a esposa e a filha num dos prédios atingidos. Segundo relatou à imprensa local, o pequeno cão pediu para ir passear por volta das 15h00. Quando regressavam, Tsang viu fumo a sair de Wang Fuk Court e apercebeu-se rapidamente da dimensão do incêndio. Tentou voltar a entrar para subir ao apartamento, mas já encontrou bombeiros a bloquear a passagem e a mandar toda a gente afastar-se do edifício.

Graças a esse passeio, o idoso e o animal estavam fora de casa quando as chamas se espalharam pelos andaimes de bambu e pelos painéis de espuma inflamável que cobriam a fachada, materiais que ajudaram o fogo a subir vários andares em poucos minutos. Tsang contou que se sente “sortudo” não só por ter saído com o cão no momento certo, mas também porque a mulher e a filha não estavam em casa. 

O caso do reformado salvou-se graças ao cão surge em contraste com muitos outros relatos trágicos vindos de Wang Fuk Court, onde o incêndio já causou pelo menos mais de uma centena de mortos e dezenas de feridos, naquele que é descrito como o pior fogo residencial no território desde meados do século XX. As autoridades apontam para o andaime de bambu envolto em rede plástica e para painéis de esferovite nas janelas como fatores-chave na rápida propagação das chamas, e abriram investigações criminais por suspeitas de homicídio por negligência contra responsáveis pela obra de renovação.