Cachorros elétricos, adultos ativos e séniores tranquilos. Saiba como adaptar as brincadeiras a cada fase de vida do seu cão
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Cachorros cheios de energia, adultos ativos e seniores tranquilos. Saiba como adaptar as brincadeiras a cada fase de vida do seu cão

Neste guia mostramos que atividades fazem mais sentido em cada fase e o que deve evitar para não exagerar.


Brincar é uma necessidade básica dos cães em todas as fases da vida. Ajuda a manter o corpo em forma, o cérebro ativo, reduz o stress e reforça a ligação com a família. Mas um cachorro elétrico um adulto cheio de energia e um sénior com artroses não precisam (nem aguentam) o mesmo tipo de brincadeira. Por isso, hoje trazemos-lhe um guia para ajudá-lo a adequar os momentos de diversão à idade de cada patudo. 

Cachorros: pequenos, cheios de energia… mas em doses pequenas

Os cachorros parecem pequenas pilhas, com energia quase inesgotável. Explodem, cansam-se, dormem, e repetem. A regra geral recomendada por várias entidades de bem-estar é fazer sessões curtas e frequentes, em vez de grandes maratonas, com cerca de 5–10 minutos por sessão, várias vezes ao dia, aumentando gradualmente com a idade.

Aposte em brinquedos interativos e de roer apropriados à idade, para aliviar o desconforto dos dentes, e micro-sessões de treino com comida (senta, vem, deita). Evite corridas longas, escadas e saltos altos, brincadeiras muito brutas com cães maiores e deixá-los brincar até à exaustão total para dormirem melhor.

Em cachorrinhos, o foco é explorar o mundo em segurança, aprender regras básicas e associar humanos, outros cães e ambientes novos a experiências positivas.

Adultos: equilíbrio entre corpo e mente

Nos cães adultos, tudo depende de raça, energia e saúde, mas a maior parte beneficia de 30 minutos a 2 horas diárias de atividade, divididas em várias partes, com passeios, brincadeiras e treino, ajustando para mais ou menos consoante o cão.

Jogos com bolas e frisbee moderado, brincadeiras com cães compatíveis, puxa-puxa controlado e caças ao tesouro com petiscos escondidos pela casa ou quintal, são ótimas atividades para cães adultos. 

O segredo aqui é variar entre atividade física e estimulação mental. Estudos de enriquecimento mostram que jogos variados reduzem o stress e aumentam os comportamentos de relaxamento em cães. Se o cão demora muito a recuperar o fôlego, perde o interesse, fica irritado ou começa a evitar o jogo, o ideal é encurtar as sessões em vez de forçar.

Seniores: mais lentos, mas ainda com muita vontade de brincar

Cães mais velhos podem já não aguentar corridas loucas, mas continuam a precisar de brincar para manter as articulações móveis e o cérebro ativo. Vários treinadores sugerem 20 a 30 minutos diários de atividade suave, em blocos curtos, adaptados às limitações de cada cão.

Passeios curtos e calmos, com tempo para cheirar tudo, "busca" de baixa intensidade com brinquedos macios, lançados a pouca distância, truques simples e reforço de comandos já conhecidos, para manter a mente desperta, e alongamentos e massagem suaves transformados num "jogo de mimos" são ótimas para manter o seu patudo velhote ativo e estimulado.

No entanto, deve evitar saltos, escadas repetidas, corridas intensas e brincadeiras muito brutas com cães jovens, pois podem agravar artroses e dores. E, em qualquer dúvida sobre o que o cão aguenta, o recomendado é falar com o seu médico veterinário, que pode ajustar o plano de atividade em função de problemas cardíacos, articulares ou de outra natureza.

Mais importante do que seguir números à risca é observar o cão: se termina as atividades relaxado, contente e a descansar bem, está no caminho certo. Se acaba exausto, irritado ou cheio de dores no dia seguinte, é sinal de que a "dose" de brincadeira precisa de um ajuste.