Entre pires de leite para gatos, “ossinhos” para cães, hamsters que “quase não duram” e peixes com memória de três segundos, as lendas urbanas sobre animais de estimação espalharam-se ao longo de gerações. Mas será que têm um fundo de verdade? Hoje desmistificamos 4 mitos sobre animais de estimação.
Gatos e os pires de leite
Desde crianças que nos é mostrado seja em livros, filmes ou desenhos animados que um pires de leite é o pequeno-almoço felino por excelência. Mas na realidade, muitos gatos adultos têm intolerância à lactose. Depois do desmame, a produção de lactase, a enzima que digere a lactose, cai. E o resultado da ingestão de leite pode ser diarreia, gases e dor abdominal. Se quiser mimar o seu patudo, opte por leite sem lactose para gatos (próprio para a espécie) e só como guloseima, não como refeição.
Os cães comem ossos
"Dar um osso é natural. Afinal, o lobo é primo do cão". Sim, mas na realidade dar ossos ao seu cão, pode não ser a melhor ideia. Ossos cozinhados partem-se em lascas que podem ficar presas no esófago, perfurar intestinos ou causar pancreatite pela gordura envolvente. Quanto aos ossos crus, a conversa é outra. Há quem dê ossos crus carnudos e grandes sob supervisão, mas o risco de fraturas dentárias, obstruções e contaminação bacteriana ainda existe.
A baixa longevidade dos hamsters
Ainda há muitas pessoas que acreditam que os hamsters vivem apenas alguns meses, mas não é bem assim. Com bons cuidados, a maioria dos hamsters vive 2 a 3 anos. O problema é que muitos recebem gaiolas minúsculas, rodas fechadas que são más para a coluna, têm pouco enriquecimento ambiental e dietas pobres em nutrientes. Por isso, sim os hamsters podem viver bem e mais do que se pensa, se respeitarmos a espécie.
A famosa memória de peixe
Quantas vezes se referiu àquele amigo mais esquecido como tendo "memória de peixe"? A realidade é que vários estudos mostram que peixes (incluindo os famosos peixes-dourados) aprendem padrões, associam sons a comida, reconhecem rotas no aquário e recordam durante semanas/meses. E alguns até distinguem caras humanas e resolvem labirintos simples. Então, não são distraídos: têm é um mundo sensorial diferente do nosso.